Imploramos por um pão com manteiga e justiça.
Queremos remédio pra dor do corpo e carinho pra doença da alma.
Queremos rostos de pessoas que não desviam olhares pela roupa suja que temos
Queremos ter terra, casa, educação.
Não queremos homens armados nos botando pra fora como quem toca o gado
Cujas intenções só prevalecem o "gadonegócio".
Somos índios, familias dos que não têm teto, não tem terra; somos pessoas que um dia tiveram DIREITOS e hoje foram expulsas da sociedade
Estamos nós às suas margens, ignoradas pela urbanidade.
Sou o que... roubaram
As almas dos índios
Que aqui habitaram
Todas as riquezas
De um continente
Todos aqueles
Esquecidos por sua gente
EU Sou o grito
Silenciado
A dança e a festa
Que não celebraram
Mais uma morte
Do agronegócio
Plantadores de vida
Que tem assassinos
Por sócio...
Sou os expulsos
De todas as cidades
ignorados
Pela urbanidade
Sou o índio que bebe
Que fuma crack
Da tribo pilhada
Por um branco
Saaaque
Eu sou a tribo... dizimada
A dignidade ainda estuprada
Sou o aroma da flora
A vida que nasce
Contra a morte que assola
A força do rio
Que ruma ao mar
O que corre nas veias
Do índio a lutar
Sou a alma
Que co'a tua assemelha
Sou a liberdade
vestida em pele vermelha
Julgam meu vício
O erro maior
Bebida, a droga e o dinheiro
São todos frutos
De um branco terreiro
Ladrões que furtam
Sem perdão
Julgam a vítima; Condenam à prisão
Nenhum comentário:
Postar um comentário